Nesta matéria não vamos entrar na polêmica de postura da mão
direita, posição da palheta, etc. Vamos ver a relação entre o sentido da
palhetada e a figura rítmica dentro de um contexto em uma frase.
Um erro comum entre vários iniciantes é adotar a palhetada
alternada como regra absoluta
desconsiderando a divisão rítmica de uma frase.
Para entendermos melhor vamos associar a palhetada(baixo e
cima) à manulação de um baterista:
E = Esquerda D=
Direita
Veja um simples toque na caixa em semicolcheias:
Note que temos uma sequencia de (direita, esquerda, direita,
esquerda, direita, esquerda...)
Agora vamos eliminar a segunda nota da semicolcheia
Note que o padrão mudou (direita, direita, esquerda,
direita, direita, esquerda..)
“Mas é dica de
guitarra ou bateria ?”
Na guitarra o raciocínio é o mesmo, a diferença é que um
baterista mesmo iniciante sabe a importância da teoria musical, e a grande
maioria dos guitarristas quando começam
a aprender acham que teoria deve ser deixado para depois, ai começa a pegar uns
vícios que irão atrapalhar muito em seu aprendizado.
Veja como fica a mesma divisão rítmica na guitarra
Veja um simples grupo de semicolcheias com palhetada
alternada.
Note o padrão (baixo, cima, baixo, cima, baixo, cima..)
Agora vamos eliminar a segunda nota da semicolcheia
Note que assim como na bateria, o padrão mudou (baixo, baixo,
cima, baixo, baixo, cima...)
Isto é a famosa cavalgada, tão comum em bandas de power
metal, é muito mais fácil tocar desta forma do que simplesmente sair alternado.
“Então isto é um
regra absoluta?”
Como toda a regra tem uma exceção, esta não é diferente, em
alguns casos é mais interessante palhetar tudo para baixo para conseguir riffs
com um som mais uniforme, claro que não em semicolheias em altos andamentos.
Por exemplo:
Por exemplo:
Master of Puppets
(Metallica)
O riff é feito com todas as palhetadas para baixo (claro que
não por ignorância do James) mas sim para ter um som mais conciso e uniforme.
“Estudo avançado
sobre o assunto:”
Se você já é mais experiente, veja como o Paul Gilbert
consegue fazer aqueles arpejos com saltos na velocidade da luz.
A principio parece a pior forma de palhetar, mas ele faz
desta forma, e realmente é a melhor forma, pois mesmo sobre os ligados você vai
manter o movimento alternado na mão direita.
Além do sentido da palhetada é muito importante e questão da
dinâmica e acentuação, mas já é uma assunto para uma próxima matéria.
“Ah!, mas e o sweep?”
Com sweep sobre escalas você pode
ganhar velocidade, mas perde definição (palavras do Paul Gilbert), note notas
que todas as frases com sweep para ficarem limpas e acentuadas corretamente,
devem ser muito bem treinadas separadamente, se você sair "sweepando"
tudo é muito grande a chance de você nem sabe mais onde é a cabeça do tempo.
Claro que
vai do estilo de cada guitarrista, o Frank Gambale faz sweep sobre pentas e
escalas com maestria.
Mas se você está iniciando saiba que é muito mais difícil tocar de forma rápida e limpa fazendo sweep. Não adianta tocar rápido e deixar tudo embolado, você só vai estar se enganando.
Mas se você está iniciando saiba que é muito mais difícil tocar de forma rápida e limpa fazendo sweep. Não adianta tocar rápido e deixar tudo embolado, você só vai estar se enganando.








